No distante século XII, na Áustria, nas terras do arcebispado de Salzburgo, foi construído o sombrio castelo de Moosham. As primeiras menções à imponente fortaleza, erguida sobre os restos de um assentamento militar romano e literalmente escondida na floresta densa, datam de 1191. Em 1285, o edifício foi ampliado pelos arcebispos de Salzburgo e, a partir do século XIV, serviu como residência do burgrave.

A alta Idade Média foi marcada pela intolerância da Igreja Católica em relação aos dissidentes. Por toda a Europa, a “santa” inquisição assolava. Começou a caça às bruxas e feiticeiros. Centenas de milhares de pessoas foram queimadas na fogueira, enforcadas ou decapitadas.

O Bispo de Salzburgo era um fervoroso seguidor da Inquisição. Em seu castelo, centenas de pessoas acusadas de feitiçaria foram brutalmente torturadas e depois executadas. Além disso, durante muitos anos a fortaleza serviu tanto como prisão quanto como refúgio para aristocratas em desgraça, que naquela época eram muitos.

Segundo as lendas, esses infelizes ainda vagam pelo castelo. Dizem também que um lobisomem vivia no castelo. Se isso é verdade ou ficção, não é possível dizer agora, mas durante os trabalhos de restauração, foram encontrados nos porões restos deformados de animais — gado e cervos da floresta. Ninguém ainda decifrou sua origem, mas existe uma lenda segundo a qual lobisomens habitavam os porões do castelo desde tempos antigos, saindo à noite para caçar…

No século XVI, “bruxas” e “feiticeiros” finalmente foram deixados em paz, e a prisão no castelo de Moosham gradualmente esvaziou-se. Os arcebispos perderam a capacidade de manter uma estrutura tão monumental, e o antigo castelo começou a entrar em decadência.

Em 1886, as pitorescas ruínas foram adquiridas pelo famoso explorador Johann Nepomuk Graf Wilczek, que iniciou a restauração do antigo posto avançado. Ele também reuniu para o castelo de Moosham uma impressionante coleção de móveis antigos e obras de arte.

Após a reconstrução no final do século XIX, a entrada no castelo de Moosham, que hoje é propriedade privada, está aberta para turistas. Eles mostram várias salas, um arsenal de armas e uma cocheira. Os guias turísticos contam histórias assustadoras sobre um fantasma vagando pelo castelo com uma vela, sons e gritos inexplicáveis. Se você tem uma imaginação fértil e nervos de aço, não deixe de visitar o castelo de Moosham.

Os grandes centros urbanos mais próximos são Salzburgo, Graz e Liubliana, na Eslovênia. No entanto, muitas vezes é mais barato voar para Munique, na Alemanha, que fica aproximadamente a 70 quilômetros a mais de distância. Munique está a 240 quilômetros do castelo e a viagem de carro pode levar de 2,5 a 3 horas, dependendo do tráfego. Por transporte público, a viagem pode ser mais longa, com trocas de transporte, variando de 5 a 13 horas.